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Alianças com escolas Internacionais

Na corrida pelas alianças mais perenes e atraentes, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), criou um consórcio com quatro escolas de administração internacionais (Instituto Tecnológico de Monterrey, da Egade Business School, da Universidade de North Carolina, norte Americana; Rotterdam School of Management, da Erasmus University os Hong Kong) para oferecer o seu OneMBA, um dos cursos mais bem cotados no ranking do jornal inglês Financial Times de 2012. Em se tratando de oferecer módulos internacionais em seus programas, outras intituições não ficam atrás: o MBA Executivo Empresarial da Fundação Dom Cabral, em Minas Gerais, por exemplo, permite aos alunos aproveitar os créditos cursados durando uma semana na Kellogg Graduate School of Management, nos Estados Unidos. A carioca Coppead, por sua vez, oferece aos diplomados recém-saídos do MBA Executivo um dual degree, isto é, um curso de seis semanas na França, com projeto final a ser defendido seja na Audência de Nantes, seja na Rouen Business School ou na Reins Management School, e certificado internacional equivalente. 

Produtos educacionais de diversos formatos e duração não faltam numa das economias de mais rápido crescimento no mundo e flagrante escassez de talentos em gestão. "Até 1995, o ensino superior era muito fechado no Brasil", avalia Marcelo Seracini, presidente da ABIPG (Associação Brasileira das Insituições de Pós-Graduação), entidade cujos principais objetivos consistem em defender parâmetros de qualidade e padrões éticos no setor, regulando a oferta de cursos da especialização. "Daquele ano em diante, o mercado cresceu e se sofisticou muito, abrindo espaço para que as instituições mais atentas estabelecessem alianças internacionais para o intercâmbio de seus alunos."

Ainda assim, o lapso de tempo decorrido entre meados dos anos de 1990 e o presente momento gerou consequências: como muitas grandes escolas de negócios tradicionais voltaram suas baterias principalmente para o Leste, e não para o Sul, concentrando-se em lugares como a Índia, a China ou Cingapura para recrutar candidatos para seu MBA, desenvolver programas conjuntos com instituições locais e instalar campus nestes países, a presença delas melhorou a qualidade dos cursos oferecidos: hoje, nada menos que nove escolas de administração asiáticas estão entre os 50 melhores MBA em tempo integral do mundo, segundo o ranking de 2012 do Financial Times. 

Mais: No ano passado, segundo estimativas, mais de 40 mil chineses prestaram o Graduate Management Admission Test (GMAT)  - a prova de aptidão lógica e verbal em inglês, que é requisito básico para a inscrição em vários cursos de MBA em universidades norte americanas e europeias - contra 1.697 brasileiros, o que sugere que a China está anos luz à frente do Brasil na formação de futuros líderes empresariais. 

Bombardeio Educacional 

Para recuperar o tempo perdido, as escolas de administração mais importantes do mundo viraram sua atenção para o mercado nacional. Embora presente no País há mais de uma década, a espanhola IESE ampliou sua atuação a partir de 2011, inaugurando um Campus em São Paulo, onde oferece um MBA executivo ao público brasileiro. A norte-americana Thunderbird, por sua vez, fechou um convênio com o Instithute of Performance Leadership (IPL), de São Paulo. E a Darden, escola de negócios da Univeridade da Virgínia (EUA), inaugurou uma residência brasileira para seu Global Executive MBA, programa durante o qual, além de visitar São Paulo e Rio de Janeiro, os alunos conhecem empresas nacionais e se familiarizam com as peculiaridades do ambiente e negócios de cada uma delas. 

Para se diferenciar no mercado e em relação a estas etrangeiras que estão se instalando no País, algumas escolas brasileiras mais atuantes passaram a estabelecer alianças com instituições de prestígio internacional. A ideia é escolher uma escola credenciada pelas principais entidades de avaliação de programas do mundo e atuar como ponta de lança. Assim, a BBs Businees Scholl se associou à University of Richmond, à Universitat Autònoma de Barcelona e á jindal Global University, indiana, para oferecer suas modalidades de MBA executivo, enquanto, também na área de saúde, os cursos de especialização lato sensu e stricto sensu do Insituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa  e lato sensu do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Ainsten são ministrados por profissionais e instituições de ensino renomados internacionalmente. 

Para Marcelo Seracini, há que se diferenciar, no entanto, este novo formato de curso de pós, que incorpora credenciais do exterior, e a modalidade de MBA, mestrado ou doutorado, que o aluno faz fora do Brasil, estabelecendo-se num país estrangeiro por um período muitas vezes longo. 

Além de atender esses alunos que, no passado, podiam fazer um curso no exterior, mas agora, com a economia nacional mais aquecida, preferem estudar no Brasil e se manter no mercado de trabalho, o chamado MBA internacional visa os profissionais que chegam interessados em fazer carreira no país. 

"Este MBA não substitui, todavia, o diploma conferido inloco", adverte o presidente da ABIPG. Um curso customizado, generalista, atende ao profissional que não pode se ausentar do trabalho por muito tempo e visa o intercâmbio  acadêmico em algumas poucas semanas. Além disso, busca otimizar  a experiência do aluno, mostrando-lhe como se dá a gestão empresarial em outros mercados, de modo a ajudá-los a se familiarizar  com as melhores práticas na sua área de atuação, em outros mercados", explica Saraceni. (M.C) 

Fonte: Jornal Diário do Comércio 


Data da notícia: 03/06/2013


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