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Em defesa do selo de qualidade oficial

Alegando a necessidade de concentrar esforços na avaliação do ensino superior, o MEC se desfez este ano de uma espécie de selo de qualidade que ele mesmo havia criado para reconhecer escolas de pós-graduação. A medida atingiu 123 instituições, chamadas não educacionais. Eles perderam o direito de emitir certificados de conclusão de curso com o carimbo do MEC. Fazem parte dessa lista de organizações que oferecem exclusivamente pós lato sensu, como hospitais e escolas de negócios.

Insatisfeitas, oito instituições conseguiram liminares para conservar a chancela do governo, entre elas a Fundação Dom Cabral, de Minas. Para o diretor de Desenvolvimento da FDC, Paulo Resende, não basta à escola ser bem avaliada pelo mercado. "Defendemos o direito de sermos reconhecidos pelo MEC", diz. A fundação quer prolongar ao máximo os efeitos da decisão judicial. Enquanto isso avalia como se adequar às novas diretrizes. Uma das opções é montar um mestrado como forma de "validar" as pós lato sensu. 

Outra alternativa para FDC e concorrentes é tornarem-se instituições de ensino superior (IES), atuando na graduação. Pelas regras do MEC, faculdades têm liberdade para manter programas de pós lato sensu. A ideia, porém, não é vista com bons olhos. "Só compraremos uma faculdade em último caso, se formos obrigados", afirma Marcelo Saraceni Nunes, diretor executivo da Esad, escola que atua em Brasília e no Rio e também obteve limiar. 

Já a BBS Business School, de São Paulo, perdeu o credenciamento em setembro e está tentando conseguir liminar. Segundo o diretor acadêmico da escola, Rafael Zappia, a BBS avalia a associação como ma IES para que os alunos "não saiam prejudicados". "Abrir um custo de graduação demora muito, não acontece da noite para o dia. E também precisamos tomar cuidado no caso de nos associarmos a uma IES porque queremos manter a independência acadêmica, já que nosso foco sempre foi a pós-graduação." 

A FIA, também em São Paulo, antecipou-se até o fim do credenciamento especial. Comprou uma faculdade e passou a oferecer curso superior em Administração. A medida para reter o aval aos programas de pós agradou a alunos como Rodirgo Malzyner, de 31 anos, que faz o MBA Executivo Internacional. "Escolhi a escolha por conta das certificações internacionais, mas acho interessante que ela também seja avaliada pelo órgão oficial da educação do País", afirma Rodrigo, funcionário de uma operadora de cartões de crédito. 

Os certificados de pós lato sensu sem o carimbo do governo não tem validade em provas de títulos em concursos públicos. Também podem prejudicar a ascensão dos funcionários em algumas empresas. No Banco do Brasil, os candidatos a promoção só ganham pontos se seus diplomas forem reconhecidas pelo ministério. "O banco não patrocina nem considera cursos realizados em instruções sem reconhecimento do MEC", diz Martha Mangueira, gerente executiva da Universidade Corporativa do Banco do Brasil. 

Fonte: O Estado de S. Paulo

Link:  https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,em-defesa-do-selo-de-qualidade-oficial,804189

 


Data da notícia: 28/11/2011


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